domingo, 22 de junho de 2008

O fenômeno dos blogs na revolução da informação

A transmissão e a busca pela informação sempre foi uma necessidade do ser humano. Ao longo da história da humanidade, os avanços tecnológicos, principalmente na área da comunicação, contribuíram para a propagação da notícia. A chegada do telegrafo revolucionou o jornalismo ao oferecer maior velocidade à transmissão da notícia e a possibilidade de integração/compartilhamento de informações em diversos pontos do mundo (surgem então, as agências de notícia).
Nos últimos anos, a evolução da tecnologia se acelerou e se adaptou à sociedade em escala mundial. A contínua modernidade transforma e gera questionamentos em diversas áreas. Juntamente com as novas tecnologias, que gravitam em torno da Tecnologia da Informação e das Telecomunicações, uma nova forma de encarar o mundo foi criada, surgindo novas tendências. Métodos alternativos de produção e distribuição da informação vêm sendo debatidos e implementados, e a própria praxis do Jornalismo tem se beneficiado pelos novos cenários que incluem ferramentas como o blog.
Os blogs são ferramentas simples e de fácil compreensão, possibilitando ao leitor uma condição de interlocutor direto e emissor secundário, o que o diferencia dos veículos tradicionais de mídia, onde a relação é mais fria.
Os blogs estão sendo cada vez mais utilizados por jornalistas para publicar, de forma ágil, informações e opiniões. O Weblog pode apresentar um novo modo de jornalismo, embora seja cedo afirmar que esse novo modo se traduza em um novo gênero jornalístico. O que podemos entender é que nenhum avanço da tecnologia passa despercebido no fazer jornalístico.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Quem sustenta os blogs?

Com o surgimento do conceito de Web 2.0, que propõe o uso da inteligência coletiva de todos os usuários da rede, apareceram novas ferramentas que potencializaram a disseminação da informação.
Hoje, dá para se dizer que, todos nós podemos ser dono de um veículo de comunicação. Através destas ferramentas, como por exemplo, Blog, Fotologs & Vídeologs e Podcast podemos popularizar as informações através da publicação de textos, áudios, imagens, gráficos e demais arquivos multimídia.
O que era um hooby juvenil passou a ser um canal de comunicação importante. Sem qualquer custo ou mediação podemos ser um produtor de informações.
Quando você publica um novo texto no seu blog, mecanismos de busca registram a publicação e muitas pessoas podem chegar até o seu blog sem nunca ter ouvido falar de você.
A facilidade: qualquer pessoa com acesso à internet e algum tempo livro pode construir um. Apesar da acessibilidade, isso não garante visitas... A questão é mais demorada, focada em conteúdos e numa estranha evolução. Os blogues estão a tornar-se no jornalismo da era digital, segundo certos analistas. Existem blogues que são autênticas "cartas postais", ou até folhas noticiarias. A informação é partilhada velozmente e por vezes com um rigor e profissionalismo que tem vindo a desaparecer dos media tradicionais, mais apegados à manipulação emotiva do que à própria circulação de informação. Basta recordar que foram "bloggers" os primeiros a passar as notícias dos tsunamis asiáticos, no ano passado.Claro, que aí estamos a falar de blogues cuidados, já com um nicho e com uma equipa dedicada e profissional. Como tudo, os blogues são uma poderosa máquina de (des)informação. Muitas vezes os blogues não são plataformas de comunicação e divulgação, mas sim "pequenos e públicos cantinhos privados", reservatório de pensamentos ou valores. Podem ser minas culturais ou de "rabiscos emotivos". Mais uma vez, diversidade causada pela facilidade de criação.
Fonte: Ars Scientia posted by Ludovico M. ALves

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Livro que indico


“A arte de escrever bem: um guia para jornalistas e profissionais do texto”, das jornalistas Dad Squarisi e Arlete Salvador, editora Contexto, traz uma proposta bastante interessante, que é o desafio de escreve bem. Elas dão orientações para transformar objetivos em texto e permite que os leitores entendam um pouco da linguagem usada na imprensa.
O conteúdo do livro é diversificado. Em quatro capítulos as autoras ensinam desde a garimpagem do óbvio, como: a arte de escrever, a pirâmide invertida e o novo jornalismo, até o texto jornalístico e seus gêneros, como: reportagem factual e especial, a força da notícia, perfil e personagens, entre outros, e ainda dão dicas de como dar o toque final nos textos.
Através dos capítulos, as autoras mostram que é possível escrever bem; é claro que talento individual, ter o hábito da leitura e uma boa alfabetização ajudam - afirmam as autoras. Por isso o objetivo do livro é contribuir no que diz respeito ao esforço pessoal e persistência do leitor.
Ao longo do livro pode-se encontrar dicas preciosas, como por exemplo: sempre começar o texto com uma frase atraente que desperte o interesse e estimule o leitor a prosseguir a leitura; sempre ser claro e conciso, eliminando palavras e expressões desnecessárias e sempre buscar a humanização do texto, pois escrevemos para pessoas.
É um livro interessantíssimo, que aborda de uma maneira inteligente, agradável e até mesmo engraçada, um tema indispensável, que é o de como redigir de maneira adequada. A priori é um livro destinado a jornalistas e profissionais do texto, mas com certeza qualquer um que leia ficará querendo mais, assim como fiquei.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

BLOG: UMA FERRAMENTA PARA O JORNALISMO

Da literatura, passando pelo cinema e chegando ao jornalismo, os blogs simplesmente inundaram a rede mundial de computadores, realidade que acabou trazendo uma nova faceta para os meios de comunicação, um sinal claro de que são e continuarão a ser agentes fundamentais da transformação midiática dos próximos anos.
A imprensa tradicional procura agir com cautela. Não é a primeira vez na história da comunicação – tampouco será a última – que uma nova ferramenta ou meio procura colocar em xeque o seu próprio futuro. No entanto, fica impossível ignorar que, desta vez, o fenômeno digital atinge em cheio o coração do fazer jornalístico.
A cada minuto milhares de blogs são criados na rede, num ritmo de crescimento cuja conseqüência ainda é mistério para os meios de comunicação.
Não demorou muito para que, em meio a tanto barulho, um ruído em especial chegasse, finalmente, aos ouvidos atentos dos profissionais de comunicação, deixando um recado muito claro: acabou a exclusividade do jornalista quanto á divulgação de informações. O fluxo da notícia, até então um monopólio de profissionais acostumados à via de mão única da comunicação, passa a ter um novo personagem, desafiando princípios consolidados da estrutura midiática e convidando o jornalista para um curioso debate, por que não, com o seu leitor.
O blogjornalismo também já saiu do estagio embrionário no Brasil. Profissionais consolidados da imprensa nacional, como Fernando Rodrigues, José Roberto Toreto e Ricardo Noblat são alguns exemplos do espaço cativo que os blogs conquistaram no meio digital, sinalizando o potencial da nova ferramenta.
Discussões comerciais à parte, é certo que a maior revolução trazida pelos blogs toca não apenas nas relações operacionais dessa indústria da informação, mas mais precisamente nos processos de produção da notícia e de seus agentes.
Ironicamente, o acesso cada vez mais fácil à informação não significa, necessariamente, mais conhecimento. O estudo “O estado da imprensa, em 2006” foi preciso ao mostrar que, embora o número de canais on-line e o volume de informações tenham crescido assustadoramente nos últimos anos, populações de países como os Estados Unidos estão cada vez menos informadas. Isso porque, segundo o relatório, os meios eletrônico e impresso tendem a fazer uma cobertura limitada a poucos assuntos, devido à onerosa estrutura necessária para ampliar esse alcance. A situação acaba gerando o que o editor do Projeto pela Excelência do Jornalismo (Project for Excellence in Journalism), tom Rosenstiel, já classificou de “ilusão da informação”.
È neste momento que os blogs, mais uma vez, podem se tornar ainda mais atraentes, oferecendo maior diversidade e combatendo uma suposta pasteurização da cobertura jornalística.
A visão de que ficaria para os jornais impressos a função de divulgar o “aprofundamento das notícias”, enquanto a internet estaria mais atrelada ao efêmero, já não faz o menor sentido. Na realidade, até hoje não se criou nada mais dinâmico e estruturado como o meio digital para lidar como o acesso ilimitado a conteúdos relacionados. Está na internet a notícia dada minuto a minuto. E por trás dela, toda e qualquer informação sobre o tema que o usuário queira buscar.

Fonte: Resumo do capítulo 3 do livro Hipertexto, Hipermídia: as novas ferramentas
De Pollyanna Ferrari (Organizadora) – São Paulo: Contexto, 2007

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Progredir sem regredir...

O progresso é necessário, garante emprego, ajuda a termos um mundo melhor. A tecnologia auxilia e facilita as nossas vidas. Mas não podemos esquecer que não adianta progredir se não cuidarmos do meio ambiente e não preservarmos o mundo em que vivemos.
O ser humano, na ânsia de querer evoluir e conseguir alcançar seus objetivos, muitas vezes esquece dos deveres a serem cumpridos - como reciclar o lixo, impedindo, assim, que seja lançado na natureza; cuidar para que o esgoto não fique a céu aberto ou indo parar em riachos e rios, enfim, preservar o meio em que vivemos, para garantir o nosso futuro.
Não podemos frear nem paralisar o processo de industrialização; isto causaria desemprego e sérios problemas sociais. O que devemos fazer é buscar soluções para amenizar as conseqüências que surgem devido à má utilização da natureza, pois não podemos parar no tempo, o que significaria um retrocesso na nossa evolução econômica e tecnológica.
O Brasil é um país cheio de riquezas naturais. Deveríamos aproveitar essas questões ambientais e incorporá-las de forma abrangente em todas as atividades de nossa sociedade, para que não tenhamos divergências.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O impasse político em Campos dos Goytacazes

Como pode a maior cidade do estado do Rio de Janeiro ficar nesse impasse político? Campos tem tudo para ser um exemplo; recebe a maior participação dos royalties de petróleo, é um dos maiores produtores de açúcar e tem um dos maiores pólos universitários do Brasil. O que falta, então, para que Campos encontre o rumo certo?
Desde a operação Telhado de Vidro, que resultou na prisão de 14 pessoas, inclusive o prefeito, acusadas de envolvimento com fraudes em licitações e contratações ilegais na Prefeitura do município, Campos vive uma verdadeira guerra de poderes. O vice-prefeito, Roberto Henriques, assumiu a prefeitura por alguns dias até que o prefeito Alexandre Mocaiber retornasse ao cargo.
Sinceramente, não sabemos até quando ele continuará a governar, já que o vice-prefeito já entrou com liminar para retomar o comando da prefeitura de Campos. Por que será que ninguém quer deixar a prefeitura de Campos? O que será que tem de tão importante lá? Será que existe um pote de ouro no final do arco-íris? Ou será o ímpeto da boa vontade de ambos em oferecer à cidade os seus dons políticos, em prol do bem comum? Será? Será?
Infelizmente, a cidade de Campos sempre está em evidência por causa dos escândalos políticos. Ser do município já virou motivo de chacota. Os campistas estão envergonhados e cansados de ver o nome da cidade envolvido nesse mar de lama que a cidade se transformou. As eleições estão chegando, e a oportunidade de mudar essa atual situação está nas mãos de cada eleitor, que pode escolher entre entregar as riquezas da cidade novamente a mãos escusas ou procurar construir um novo cenário através da eleição de alguém realmente preocupado com a restauração da política, do moral, da ordem e da economia campista. Se tivermos escolha. Se tivermos opção.


terça-feira, 6 de maio de 2008

Internet a serviço da indústria cultural

A revista ISTOÉ de 07 de maio/2008 (Nº2009-Ano 31) publicou uma reportagem interessante que fala sobre pessoas reveladas pela web. Ela mostra como a internet, que no passado era vista como ameaça às gravadoras, se tornou parceira de algumas empresas e assim tem contribuído para a reciclagem da indústria cultural.
A facilidade de divulgação que a internet proporciona, faz com que muitos talentos sejam descobertos. Um exemplo é o caso do ator Marcelo Mansfield, que publicou vídeos no youtube, e foi encontrado pela produção da rede globo. Hoje ele tem um papel no programa Zorra total.
Outro caso interessante, trazido pela revista, é o do jornalista André Czarnobai. Ele começou publicando fanzines que evoluíram para a revista eletrônica Cardosonline, conquistando cinco mil assinantes. Em 2002 entrou no mundo dos blogs, seus textos fizeram tanto sucesso que uma editora gaúcha propôs a compilação dos contos num livro, publicado em 2005. Através dessa publicação fechou parcerias com agências de publicidade no Brasil, México, Colômbia e Argentina.
É indiscutível que a internet traz enormes benefícios para nós usuários. Seja na área do lazer, cultura e conhecimento, mas não podemos esquecer que ela é apenas um instrumento, depende do homem e, portanto, pode ser mal utilizada.
Por isso, é importante ter cautela e certificar sempre a idoneidade do site para não deixar que um sonho vire pesadelo.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Resumo do Cap. XII do livro de Paul Veyne-Como se escreve a história

Para a questão da ciência existe um estudo que explica os acontecimentos referentes a ela. E nas questões da história ou da sociologia científica, existe uma ordem de factos que, pelo menos por alto dirija os outros factos?
Encontrar a ordem de factos é um sonho que já foi procurado nos regimes políticos, nas leis, nos costumes. Mas não existe ordem dos factos, sem a mesma, que dirigiria constantemente os outros factos.
Visto que um facto social tem por função o que é e que um facto social é um facto de grupo, podemos dizer que todos os factos têm finalmente uma grande função, a de integrar o indivíduo no grupo, o que é verdade para os feriados nacionais e as revoltas anárquicas que fecham a união sagrada contra elas e são um exutório necessário ao equilíbrio.
O autor defende a idéia de que só a história existe verdadeiramente, ele duvida da utilidade da sociologia. Para ele a sociologia geral, não existe; o que existe é uma física, uma economia (e só uma), mas não existe uma sociologia. A sociologia é uma ciência que queria ser, mas cuja primeira linha não foi ainda escrita e cujo balanço científico é completamente nulo.
Na história apenas há explicações de circunstâncias. A explicação histórica não segue rotas traçadas de uma vez por toda, a história não tem anatomia.
Na história não é possível classificar as causas por hierarquia de importância. Pois a importância é relativa das categorias de causas que variam de um acontecimento para outro. A ausência duma hierarquia constante das causas aparece claramente quando tentamos intervir no curso dos acontecimentos.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A mídia e seus interesses...

O caso da morte da menina Isabella Nardoni, de cinco anos, tem comovido e chocado o país, pois trata de um crime brutal contra uma criança indefesa. O momento é de revolta, mas a cautela é imprescindível para que a imprensa não cometa erros e cumpra o seu papel, que é o de informar com precisão e imparcialidade.
A velocidade das informações e a facilidade que temos em obtê-las fazem com que a imprensa se sinta pressionada a querer achar logo o culpado, levando-a cometer erros irreparáveis, como aconteceu com o caso Escola Base, em março de 1994, onde a mídia denunciou seis pessoas por abuso sexual de crianças; e logo depois descobriu que o caso não existiu. Mas quando o erro foi descoberto já era tarde demais, a escola já havia falido e os donos ameaçados de morte.
É notável que a imprensa está mais cautelosa, evitando apontar culpados, mas ainda existem alguns meios de comunicação que insistem em fazer sensacionalismo, como a revista Veja, por exemplo, que trouxe como manchete: O anjo e os monstros, e abaixo da palavra “monstros” as fotos do pai e da madrasta. Sem qualquer apuração a revista já julgou e condenou os suspeitos. Não cabe a imprensa o papel de julgar e sim informar. Os indícios de que eles sejam culpados são fortíssimos, mas e se não forem?
O mistério do crime e o fato de envolver questões familiares são fatores primordiais para que o acontecimento caia nas graças da mídia. Mas a imprensa de um modo geral não pode se esquecer dos princípios básicos da ética jornalística, e que um bom jornalismo evita atitude intempestiva gerada pelo calor do momento.
Infelizmente o caso Isabella será mais um, até que a mídia encontre outro mais interessante e que desperte o interesse da sociedade, pois é assim que ela sobrevive. É uma realidade cruel e cabe a nós profissionais de comunicação a tarefa de evitar que esse ciclo continue.

domingo, 13 de abril de 2008

Acesso à cultura um direito de todos?

Está na Constituição Brasileira: é direito de todo cidadão o acesso à cultura. Mas, atualmente, a situação no Brasil não favorece esse acesso, pelo contrário impede o público de usufruir o seu direito, já que a grande maioria da população não consegue acompanhar o ritmo do mercado que cresce em velocidade frenética.
O acesso à cultura no Brasil, infelizmente, ainda é muito desigual. Os dados do IBGE mostram que os 10% mais ricos são responsáveis por cerca de 40% de todo o consumo cultural. E, além da desigualdade de renda, há também a desigualdade espacial, pois as regiões metropolitanas concentram 41% desse consumo.
Segundo o secretário executivo do Ministério da Cultura, Juca Ferreira, o Brasil vivencia um "apartheid cultual". "Menos de 10% dos brasileiros vão pelo menos uma vez por ano ao cinema e os que vão sistematicamente não chegam a 5%. As tiragens de livros são de apenas cinco mil exemplares, para um país de 180 milhões de habitantes", enumera ele. "O povo brasileiro, na sua maioria, não tem acesso à cultura, a não ser através da televisão e mesmo assim de forma precária, como forma de matar o tempo."
Os produtos de comunicação audiovisual estão aí para serem consumidos, mas infelizmente sabemos que o poder aquisitivo da população não permite que se gaste dinheiro em produtos considerados supérfluos, pois existem outras prioridades e necessidades básicas. Se os produtos fossem mais acessíveis, com certeza não haveria pirataria (convém lembrar, é crime) que cresce desordenadamente em todo mundo.
O público, que é o maior responsável pela a arrecadação de fundos para a cultura, é o menos representado no processo de informação, de comunicação e de socialização em nosso País.
Com a aprovação da Carta dos Direitos do Público criada em Tabor, em 1987 e recuperada na cidade do México, em 2008; que tem como objetivos principais defender o direito do público e lutar pelas entidades que os representam, espera-se que o público seja tratado de forma diferente da atual, como deseja o jornalista Felipe Macedo, em artigo publicado no jornal Le Monde: "Não queremos consumidores de comunicação. Queremos um público ativo, consciente, responsável, capaz de propor e conhecedor de seus próprios direitos inalienáveis".
É necessário que haja uma conscientização do público de que eles não só podem como devem participar do processo de comunicação; para que não tornem apenas meros espectadores acríticos, e sim um público consciente e participante que pode contribuir para a elaboração, aplicação e fiscalização do processo cultural no Brasil.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Qual é o limite ético na atividade jornalística?

O jornalismo vive uma crise na qual o interesse particular tem suplantado o interesse público, comprometendo, assim, o sentido social da profissão.
De acordo com José Fancisco Karam, no livro “A Ética Jornalística e o Interesse Público”, é necessário que se tenham parâmetros éticos para exercer a profissão, Jornalista.
É de extrema importância que haja um vínculo entre ética profissional e o interesse público. Devido o surgimento de novas e crescentes sociedades de mídia, que resultaram em poderosos conglomerados, este vínculo pode estar seriamente comprometido, pois com a concentração da mídia nas mãos de poucos, há uma grande possibilidade de se perder a credibilidade.
Hoje, através da tecnologia e do ciberespaço, basta que se tenha um simples blog na internet para se tornar um produtor direto de conteúdos. E essa facilidade faz com que alguns setoristas de jornais recorram a esse tipo de fonte para facilitar o trabalho na redação. Assim, o contraditório tem a oportunidade de surgir com muito mais velocidade e visibilidade, pois se está na internet, por princípio já é de domínio público.
A questão da ética deve ser prioridade em qualquer profissão, principalmente a do jornalista que tem o poder de causar ruínas, como aconteceu com a Escola Base em São Paulo, onde o dono da instituição foi acusado de pedofilia, teve seu nome publicado em jornais, mas acabou inocentado, pois ficou comprovado que tudo não passou de manipulação de informação. É como diz Felipe Pena, no Jornalismo não há fibrose, pois as feridas abertas pela difamação jamais cicatrizam.
Não há gradação quando o assunto é falta de ética. Infelizmente essa falta de ética tem feito com que as pessoas deixem de acreditar na imprensa. Uma pesquisa do Comitê dos Jornalistas Preocupados (Criado nos estados Unidos, pelos Jornalistas Bill Kovach e Tom Rosenstiel), realizada em 1999 revelou que apenas 21% dos americanos acreditavam que a imprensa estava realmente preocupada com as pessoas. Em 1985, esse índice era de 41%. No Brasil ainda não foi feito um estudo sério sobre o tema.
Esse índice é alarmante, pois o público não pode ser tratado como um consumidor inserido na lógica comercial, pois a ética jornalística não se deve reduzir à normatização escrita, e sim fazer parte do processo interior do profissional, que deve se refletir no trabalho cotidiano e se relacionar à totalidade social.
Uma boa definição de ética no jornalismo está no livro: A regra do jogo de Cláudio Abramo: “Sou jornalista, mas gosto mesmo é de marcenaria. Gosto de fazer móveis, e minha ética como marceneiro é igual à minha ética como jornalista – não tenho duas. Não existe uma ética específica do jornalista: sua ética é a mesma do cidadão.” Para ele os valores inerentes à ética só fazem sentido se estiverem inscritos no conjunto da sociedade, como um sistema interligado.
É indiscutível que deva existir uma conduta moral do cidadão, seja qual for sua atividade, pois todo profissional está sujeito a escolhas e dilemas, e com o jornalista não é diferente. Mas o que o jornalista não pode esquecer é que o interesse público deve vir sempre em primeiro lugar, já que a informação é um direito fundamental da sociedade.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Informação em primeiro lugar

Segundo a Constituição Federal todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...; se todos somos iguais devemos ter os mesmos direitos à informação, o interesse público deve vir sempre em primeiro lugar.
Quando a pessoa deseja que sua intimidade seja preservada e respeitada ela faz de tudo para que isso aconteça, ou seja, não sai por aí fazendo “amor” em praias (existem locais apropriados para isso), não faz filmes eróticos para se arrepender depois; já que uma vez feito um ato, não há como voltar atrás, e se registrado então, fica inviável.
Os meios de Comunicação existem para manter a sociedade informada, é claro que existem diversos tipos de informação; para mim tanto faz o que a Daniella Cicarelli faz ou deixa de fazer, só que para outro isso é importante, por isso que as pessoas públicas devem ter mais cuidado ao se exporem, já que são mais visadas pela sociedade, e existe um certo interesse em suas vidas.
As pessoas têm que se conscientizar que elas são responsáveis pelos seus atos. Existe um provérbio muito interessante, e que a meu ver cabe muito bem nessa questão: “Tudo é lícito, mas nem tudo me convém”, então que cada um faça o que achar certo, e certamente arque com as conseqüências.

segunda-feira, 17 de março de 2008

O que é blogosfera?

Você já deve ter ouvido falar em "blogosfera" e talvez não saiba seu real significado. Pra ser sincera também não sabia, até imaginava, mas não tinha certeza.
Lendo o livro Blog: entenda a revolução que vai mudar seu mundo, do Hugh hewitt, o qual consegui materiais importantíssimos para minha monografia, pude entender o que é blogosfera e sua importância.
A blogosfera é o nome dado a toda a comunidade de blogs na internet, é parte da infra-estrutura pela qual idéias são desenvolvidas e transmitidas. Ela é um universo de informação, assim como a televisão, os jornais e os programas de rádio.
E os blogs são como pequenas estações de rádio ou jornais de pequena circulação: são formadores de opinião. E as pessoas agem com base nas informações oferecidas na blogosfera. Por isso devemos ter cautela e ética ao escrever...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Blog e Jornalistas

Criado como uma ferramenta para publicação de diários pessoais na internet, os weblogs, ou simplesmente blogs, estão sendo cada vez mais usados por jornalistas para publicar, de forma ágil, informações e opiniões. Ele fornece um editor eletrônico ágil e de fácil uso fazendo com que jornalistas tenham um espaço de comunicação adequado à chamada economia do conhecimento.
A possibilidade de escrever livremente, sem submeter o material jornalístico a ninguém, não precisar estar ligado a nenhum contrato de trabalho e a nenhuma linha editorial empresarial, faz com que jornalistas encontrem uma oportunidade de enfrentar um desafio, uma nova forma de comunicação que está na ferramenta: Internet.
Com isso, os jornalistas podem levar para o blog as informações que não teriam aonde publicar, já que na blogoesfera, eles não são funcionários de nenhum veículo, de nenhuma mídia tradicional. Assumindo assim a responsabilidade individual pelas informações que veiculam.