domingo, 22 de junho de 2008

O fenômeno dos blogs na revolução da informação

A transmissão e a busca pela informação sempre foi uma necessidade do ser humano. Ao longo da história da humanidade, os avanços tecnológicos, principalmente na área da comunicação, contribuíram para a propagação da notícia. A chegada do telegrafo revolucionou o jornalismo ao oferecer maior velocidade à transmissão da notícia e a possibilidade de integração/compartilhamento de informações em diversos pontos do mundo (surgem então, as agências de notícia).
Nos últimos anos, a evolução da tecnologia se acelerou e se adaptou à sociedade em escala mundial. A contínua modernidade transforma e gera questionamentos em diversas áreas. Juntamente com as novas tecnologias, que gravitam em torno da Tecnologia da Informação e das Telecomunicações, uma nova forma de encarar o mundo foi criada, surgindo novas tendências. Métodos alternativos de produção e distribuição da informação vêm sendo debatidos e implementados, e a própria praxis do Jornalismo tem se beneficiado pelos novos cenários que incluem ferramentas como o blog.
Os blogs são ferramentas simples e de fácil compreensão, possibilitando ao leitor uma condição de interlocutor direto e emissor secundário, o que o diferencia dos veículos tradicionais de mídia, onde a relação é mais fria.
Os blogs estão sendo cada vez mais utilizados por jornalistas para publicar, de forma ágil, informações e opiniões. O Weblog pode apresentar um novo modo de jornalismo, embora seja cedo afirmar que esse novo modo se traduza em um novo gênero jornalístico. O que podemos entender é que nenhum avanço da tecnologia passa despercebido no fazer jornalístico.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Quem sustenta os blogs?

Com o surgimento do conceito de Web 2.0, que propõe o uso da inteligência coletiva de todos os usuários da rede, apareceram novas ferramentas que potencializaram a disseminação da informação.
Hoje, dá para se dizer que, todos nós podemos ser dono de um veículo de comunicação. Através destas ferramentas, como por exemplo, Blog, Fotologs & Vídeologs e Podcast podemos popularizar as informações através da publicação de textos, áudios, imagens, gráficos e demais arquivos multimídia.
O que era um hooby juvenil passou a ser um canal de comunicação importante. Sem qualquer custo ou mediação podemos ser um produtor de informações.
Quando você publica um novo texto no seu blog, mecanismos de busca registram a publicação e muitas pessoas podem chegar até o seu blog sem nunca ter ouvido falar de você.
A facilidade: qualquer pessoa com acesso à internet e algum tempo livro pode construir um. Apesar da acessibilidade, isso não garante visitas... A questão é mais demorada, focada em conteúdos e numa estranha evolução. Os blogues estão a tornar-se no jornalismo da era digital, segundo certos analistas. Existem blogues que são autênticas "cartas postais", ou até folhas noticiarias. A informação é partilhada velozmente e por vezes com um rigor e profissionalismo que tem vindo a desaparecer dos media tradicionais, mais apegados à manipulação emotiva do que à própria circulação de informação. Basta recordar que foram "bloggers" os primeiros a passar as notícias dos tsunamis asiáticos, no ano passado.Claro, que aí estamos a falar de blogues cuidados, já com um nicho e com uma equipa dedicada e profissional. Como tudo, os blogues são uma poderosa máquina de (des)informação. Muitas vezes os blogues não são plataformas de comunicação e divulgação, mas sim "pequenos e públicos cantinhos privados", reservatório de pensamentos ou valores. Podem ser minas culturais ou de "rabiscos emotivos". Mais uma vez, diversidade causada pela facilidade de criação.
Fonte: Ars Scientia posted by Ludovico M. ALves

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Livro que indico


“A arte de escrever bem: um guia para jornalistas e profissionais do texto”, das jornalistas Dad Squarisi e Arlete Salvador, editora Contexto, traz uma proposta bastante interessante, que é o desafio de escreve bem. Elas dão orientações para transformar objetivos em texto e permite que os leitores entendam um pouco da linguagem usada na imprensa.
O conteúdo do livro é diversificado. Em quatro capítulos as autoras ensinam desde a garimpagem do óbvio, como: a arte de escrever, a pirâmide invertida e o novo jornalismo, até o texto jornalístico e seus gêneros, como: reportagem factual e especial, a força da notícia, perfil e personagens, entre outros, e ainda dão dicas de como dar o toque final nos textos.
Através dos capítulos, as autoras mostram que é possível escrever bem; é claro que talento individual, ter o hábito da leitura e uma boa alfabetização ajudam - afirmam as autoras. Por isso o objetivo do livro é contribuir no que diz respeito ao esforço pessoal e persistência do leitor.
Ao longo do livro pode-se encontrar dicas preciosas, como por exemplo: sempre começar o texto com uma frase atraente que desperte o interesse e estimule o leitor a prosseguir a leitura; sempre ser claro e conciso, eliminando palavras e expressões desnecessárias e sempre buscar a humanização do texto, pois escrevemos para pessoas.
É um livro interessantíssimo, que aborda de uma maneira inteligente, agradável e até mesmo engraçada, um tema indispensável, que é o de como redigir de maneira adequada. A priori é um livro destinado a jornalistas e profissionais do texto, mas com certeza qualquer um que leia ficará querendo mais, assim como fiquei.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

BLOG: UMA FERRAMENTA PARA O JORNALISMO

Da literatura, passando pelo cinema e chegando ao jornalismo, os blogs simplesmente inundaram a rede mundial de computadores, realidade que acabou trazendo uma nova faceta para os meios de comunicação, um sinal claro de que são e continuarão a ser agentes fundamentais da transformação midiática dos próximos anos.
A imprensa tradicional procura agir com cautela. Não é a primeira vez na história da comunicação – tampouco será a última – que uma nova ferramenta ou meio procura colocar em xeque o seu próprio futuro. No entanto, fica impossível ignorar que, desta vez, o fenômeno digital atinge em cheio o coração do fazer jornalístico.
A cada minuto milhares de blogs são criados na rede, num ritmo de crescimento cuja conseqüência ainda é mistério para os meios de comunicação.
Não demorou muito para que, em meio a tanto barulho, um ruído em especial chegasse, finalmente, aos ouvidos atentos dos profissionais de comunicação, deixando um recado muito claro: acabou a exclusividade do jornalista quanto á divulgação de informações. O fluxo da notícia, até então um monopólio de profissionais acostumados à via de mão única da comunicação, passa a ter um novo personagem, desafiando princípios consolidados da estrutura midiática e convidando o jornalista para um curioso debate, por que não, com o seu leitor.
O blogjornalismo também já saiu do estagio embrionário no Brasil. Profissionais consolidados da imprensa nacional, como Fernando Rodrigues, José Roberto Toreto e Ricardo Noblat são alguns exemplos do espaço cativo que os blogs conquistaram no meio digital, sinalizando o potencial da nova ferramenta.
Discussões comerciais à parte, é certo que a maior revolução trazida pelos blogs toca não apenas nas relações operacionais dessa indústria da informação, mas mais precisamente nos processos de produção da notícia e de seus agentes.
Ironicamente, o acesso cada vez mais fácil à informação não significa, necessariamente, mais conhecimento. O estudo “O estado da imprensa, em 2006” foi preciso ao mostrar que, embora o número de canais on-line e o volume de informações tenham crescido assustadoramente nos últimos anos, populações de países como os Estados Unidos estão cada vez menos informadas. Isso porque, segundo o relatório, os meios eletrônico e impresso tendem a fazer uma cobertura limitada a poucos assuntos, devido à onerosa estrutura necessária para ampliar esse alcance. A situação acaba gerando o que o editor do Projeto pela Excelência do Jornalismo (Project for Excellence in Journalism), tom Rosenstiel, já classificou de “ilusão da informação”.
È neste momento que os blogs, mais uma vez, podem se tornar ainda mais atraentes, oferecendo maior diversidade e combatendo uma suposta pasteurização da cobertura jornalística.
A visão de que ficaria para os jornais impressos a função de divulgar o “aprofundamento das notícias”, enquanto a internet estaria mais atrelada ao efêmero, já não faz o menor sentido. Na realidade, até hoje não se criou nada mais dinâmico e estruturado como o meio digital para lidar como o acesso ilimitado a conteúdos relacionados. Está na internet a notícia dada minuto a minuto. E por trás dela, toda e qualquer informação sobre o tema que o usuário queira buscar.

Fonte: Resumo do capítulo 3 do livro Hipertexto, Hipermídia: as novas ferramentas
De Pollyanna Ferrari (Organizadora) – São Paulo: Contexto, 2007