O caso da morte da menina Isabella Nardoni, de cinco anos, tem comovido e chocado o país, pois trata de um crime brutal contra uma criança indefesa. O momento é de revolta, mas a cautela é imprescindível para que a imprensa não cometa erros e cumpra o seu papel, que é o de informar com precisão e imparcialidade.
A velocidade das informações e a facilidade que temos em obtê-las fazem com que a imprensa se sinta pressionada a querer achar logo o culpado, levando-a cometer erros irreparáveis, como aconteceu com o caso Escola Base, em março de 1994, onde a mídia denunciou seis pessoas por abuso sexual de crianças; e logo depois descobriu que o caso não existiu. Mas quando o erro foi descoberto já era tarde demais, a escola já havia falido e os donos ameaçados de morte.
É notável que a imprensa está mais cautelosa, evitando apontar culpados, mas ainda existem alguns meios de comunicação que insistem em fazer sensacionalismo, como a revista Veja, por exemplo, que trouxe como manchete: O anjo e os monstros, e abaixo da palavra “monstros” as fotos do pai e da madrasta. Sem qualquer apuração a revista já julgou e condenou os suspeitos. Não cabe a imprensa o papel de julgar e sim informar. Os indícios de que eles sejam culpados são fortíssimos, mas e se não forem?
O mistério do crime e o fato de envolver questões familiares são fatores primordiais para que o acontecimento caia nas graças da mídia. Mas a imprensa de um modo geral não pode se esquecer dos princípios básicos da ética jornalística, e que um bom jornalismo evita atitude intempestiva gerada pelo calor do momento.
Infelizmente o caso Isabella será mais um, até que a mídia encontre outro mais interessante e que desperte o interesse da sociedade, pois é assim que ela sobrevive. É uma realidade cruel e cabe a nós profissionais de comunicação a tarefa de evitar que esse ciclo continue.
A velocidade das informações e a facilidade que temos em obtê-las fazem com que a imprensa se sinta pressionada a querer achar logo o culpado, levando-a cometer erros irreparáveis, como aconteceu com o caso Escola Base, em março de 1994, onde a mídia denunciou seis pessoas por abuso sexual de crianças; e logo depois descobriu que o caso não existiu. Mas quando o erro foi descoberto já era tarde demais, a escola já havia falido e os donos ameaçados de morte.
É notável que a imprensa está mais cautelosa, evitando apontar culpados, mas ainda existem alguns meios de comunicação que insistem em fazer sensacionalismo, como a revista Veja, por exemplo, que trouxe como manchete: O anjo e os monstros, e abaixo da palavra “monstros” as fotos do pai e da madrasta. Sem qualquer apuração a revista já julgou e condenou os suspeitos. Não cabe a imprensa o papel de julgar e sim informar. Os indícios de que eles sejam culpados são fortíssimos, mas e se não forem?
O mistério do crime e o fato de envolver questões familiares são fatores primordiais para que o acontecimento caia nas graças da mídia. Mas a imprensa de um modo geral não pode se esquecer dos princípios básicos da ética jornalística, e que um bom jornalismo evita atitude intempestiva gerada pelo calor do momento.
Infelizmente o caso Isabella será mais um, até que a mídia encontre outro mais interessante e que desperte o interesse da sociedade, pois é assim que ela sobrevive. É uma realidade cruel e cabe a nós profissionais de comunicação a tarefa de evitar que esse ciclo continue.
Um comentário:
Gostei do seu artigo. É de total importância ver a cautela que, agora, a imprensa está tendo, depois de tantos outros casos, que a mesma teve tamanha influência.
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